Campanha eleitoral começa hoje e dura apenas 45 dias

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Imagem: Divulgação
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A campanha eleitoral de 2016 fará com que os candidatos empenhem força e apostem suas fichas em 45 dias, mas ao mesmo tempo, com os olhos bem abertos para evitar problemas jurídicos enquanto tentam garantir o voto. É que além de reduzir o tempo de campanha, a reforma aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado ainda alterou regras do que é ou não permitido, regulando ainda mais o tipo de divulgação e atividades permitidas aos candidatos.

Além das dificuldades impostas pela legislação, quem for buscar o voto vai ter que convencer ainda um eleitor desconfiado com a política e uma população jovem que não está interessada nas eleições e é a menor registrada desde 2000. Para driblar as adversidades, o trabalho de quem pretende assumir uma prefeitura ou uma vaga na Câmara de Vereadores terá de ser criativo e, como destaca o advogado especialista em direito eleitoral Vanir de Mattos, vai precisar do apoio de toda a coligação. “Essa eleição vai desafiar a criatividade. A captação do voto vai depender muito além do necessário dos candidatos à proporcional. Quem for concorrer à Câmara precisará empurrar a majoritária, já que o candidato não vai conseguir passar duas vezes pelo mesmo eleitor. E esse corpo a corpo vai ter que ser priorizado pelo candidato a vereador. Com o limite de verbas de pessoa física, valerá mais o trabalho do candidatos do que volume de propaganda”, aposta.

Para o cientista político André Ferraz, por mais que as mudanças políticas tenham impactado o País, a população vai votar como sempre votou. “O povo vai continuar procurando no político o mesmo que sempre procurou: alguém de quem ele goste de alguma forma e que lhe pareça confiável e adequado para o cargo. Sobretudo, alguém que pareça conhecer os problemas que o afligem e que possa apresentar alternativas para resolvê-los”, explica.

Ele ainda acredita que pesa na decisão do eleitor o emocional e que artimanhas de outras campanhas podem não funcionar em uma nova tentativa de ganhar votos. “Toda campanha é uma renovação de esperanças (por parte do eleitor). Cada candidatura é percebida como uma aposta, uma perspectiva de mudança para melhor. Por isso o lado emocional pesa tanto. Mas o eleitor não é tolo. Já mapeou a maior parte dos truques e não se deixa enganar tão facilmente. É necessária uma boa dose de autenticidade na candidatura e na sua comunicação. Se for percebido como algo encenado, será identificado como falso, logo não confiável.

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