Coluna Alexsander Siqueira: Ponto de vista”TAPETE VERMELHO PARA O QUERIDO KIKITO”

Alexsander Siqueira COLUNISTAS DESTAQUE
O agraciado Antônio Pitanga se rende ao gigante na entrada do Palácio dos Festivais/ Foto: Fatima R Oliveira

Kikito!  Quem já não escutou essa palavra, esse nome…!?  Eu, quando comecei a visitar Gramado e Canela, vinha por causa das belas paisagens, da farta gastronomia e pelo conforto e aconchego que a rede hoteleira oferecia e que hoje tem muito mais para oferece.

Entre um momento e outro de nossas vidas, sempre acabamos nos deparando  com uma televisão e o tanto de informações que ela transmite,  com o Festival de Cinema de Gramado não é diferente, em um certo período do ano, muitas notícias são transmitidas nas diversas redes de comunicações; televisão, rádio, facebook, twitter, instagram,  sites e tantos outros, e assim tomamos  conhecimento das notícias, deste,  que com certeza é um dos eventos mais importantes do cinema Brasileiro, e que com os anos vem  criando fortes laços com a cinematografia internacional,  por seu dinamismo,  glamour e competitividade.

Admiração e respeito do colunista ao Kikito/ Foto: Fatima R Oliveira

Sempre escutei falar muito bem do Festival de Cinema de Gramado, e do famoso Kikito, e então me dei conta de sua importância,  quando  via a repercussão do evento, na televisão e nos jornais, que sempre mostravam e que ainda mostram imagens lindas da estatueta. A primeira vez que vim para Gramado, que eu me lembre, tinha 19 anos e desde então, sempre que era possível, voltava todos os anos, dava uma passadinha para ver as novidades.

Rua Coberta/ Foto: Fatima R Oliveira

 Me apaixonei pela tranqüilidade, limpeza, belezas naturais e tantas outras maravilhas que estas duas cidades nos proporcionam, e com o tempo fui me apegando cada vez mais,  pois a qualidade de  vida que Gramado e Canela oferecem é indiscutível  e me fizeram  perceber que a diferença é notória perante as outras cidades que já tive a oportunidade de conhecer, no fim acabei me tornando um morador da serra gaúcha, e quando me dei por conta já estava envolvido  com a rotineira correria do Kikito, já que ano após ano,   ele está ali, na Rua Coberta, aguardando atores atrizes e convidados, pronto para recepcioná-los.

E este ano, não foi diferente, entre os dias 16 e 26 de agosto, ocorreu o 45º Festival de Cinema de Gramado, um evento de “tirar o fôlego”, que trouxe para o Tapete Vermelho além do glamour, muitos   atores e atrizes brasileiros e internacionais, que se rendiam ao enigmático Kikito, que anos atrás era apenas  o símbolo da cidade de Gramado, Kikito  em 1966, quando a escultura foi criada por uma artesã (artista) de Gramado, Elisabeth Rosenfeld  e era oferecido como troféu aos melhores artesãos na primeira feira Nacional de Artesanato em 1972, quando ainda não existia o Festival de Cinema de Gramado.

Até que em 1973, com a criação do Festival,  o Kikito passou a ser o Troféu  dos vencedores do evento, desta forma com duas representações: o símbolo da Cidade de Gramado e o prêmio máximo do Festival,  tendo assim uma importância ímpar, vale dizer que o Kikito até 1989 era confeccionado em madeira imbuia pelo artesão gramadense “Xixo” e atualmente é fabricado em bronze com 33cm de altura, alcançando o brilho dorado.

Entretanto, o interessante é que o significado do Kikito veio a “calhar” com tudo o que sempre pensei de Gramado: “uma figura risonha, um “deus do bom humor”, sim, nos meus tempos de passeios à cidade de Gramado, também me sentia risonho e de bem com a vida!  Mesmo antes de saber melhor tudo o que o Kikito significava, sempre tive a impressão de ter um tapete vermelho estendido sob os meus passos, resultado do bom atendimento e belezas que a cidade sempre me proporcionou. Hoje ao participar do Festival de Cinema de Gramado, tenho certeza que o tapete vermelho,  que é estendido a todos, é justo e merecido, mas principalmente ele o Kikito faz jus ao seu RED CARPET.

Em 1973 foi a primeira edição do Festival de Cinema de Gramado, o filme vencedor foi  “Toda a Nudez Será Castigada”, dirigido por Arnaldo Jabor e  incluiu em sua trila sonora a composição “Fuga Número Nove”, do argentino Astor Piazzola.  Esse casamento da cultura brasileira com a cultura latina parecia um prenúncio do futuro do festival recém iniciado. Duas décadas depois o festival de Gramado assumiu sua identidade internacional e abriu diálogo com o continente latino americano.

Desde 2007 juntou-se à família o Kikito de Cristal, que foi confeccionado para homenagear grandes expoentes da família latina americana. Também são feitos Kikitos de chocolates, pelas fabricas de chocolates artesanais de Gramado, que foi a cidade pioneira na fabricação de chocolate artesanal no Brasil, e bom lembrar que o responsável dessa iniciativa, foi logo um profissional da área dentária, onde sempre há a preocupação de deixar os dentes “longe” de guloseimas, o dentista Jayme Prawer, que nos deixou em janeiro de 2016.

A atriz e cantora Soledad Villamil, recebeu este ano o KIKITO DE CRISTAL/ Foto: Fatima R Oliveira

O Kikito também tem suas histórias e nem tudo é tão simples assim, digo isso porque dizem que se “passarmos a mão no bumbum do Kikito teremos sorte”, essa é uma situação que talvez deixe ele um pouquinho envergonhado, já que não é um lugar muito discreto de ficar passando a mão, mas se traz coisas boas, vale a pena se arriscar. Para finalizar, no meu ponto de vista o Kikito,  grande nome desta história, merece o Tapete Vermelho e todas as honras que recebe.

A confirmação de que é possível, alunos do Educavídeo e seus Kikitos./ Foto: Alexsander Siqueira

O Kikito também tem suas histórias e nem tudo é tão simples assim, digo isso porque dizem que se “passarmos a mão no bumbum do Kikito teremos sorte”, essa é uma situação que talvez deixe ele um pouquinho envergonhado, já que não é um lugar muito discreto de ficar passando a mão, mas se traz coisas boas, vale a pena se arriscar. Para finalizar, no meu ponto de vista o Kikito,  grande nome desta história, merece o Tapete Vermelho e todas as honras que recebe.

Orgulho por vencer o melhor filme,”Como nossos, pais”, a diretora Laís Bodanzky e o sonhado Kikito/ Foto: Alexsander Siqueira
Emoção e lagrimas, Nando Cunha vence como melhor ator de cutas e chora com o Kikito nas mãos/ Foto: Alexsander Siqueira

Até a próxima, com mais um “Ponto de Vista”!

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