ELIANE GIARDINI RESSALTA A VALORIZAÇÃO DO PRESENTE ABORDADA NO FILME “A FERA NA SELVA”

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Não é exagero dizer que “A Fera na Selva”, novela escrita pelo inglês Henry James em 1903, mudou a vida da atriz Eliane Giardini. “Fiquei muito impactada quando li pela primeira vez, há 25 anos. Foi um choque de realidade”, lembra.

O “choque de realidade”, segundo ela, veio pela identificação com o protagonista da história, um homem que, à espera de um grande acontecimento que o possa distinguir de todas as outras pessoas, esquece de viver o agora e as coisas simples da vida. Para Eliane, esse é um exercício que agora ela precisa fazer diariamente: “Isso é muito do ser humano: pensar no passado e projetar o futuro, mas esquecer o presente. Depois de entrar em contato com essa obra, passei a exercitar muito mais a consciência do aqui e do agora. É quase uma meditação, e isso é muito difícil”.

É justamente essa discussão que norteia “A Fera na Selva”, o filme que Eliane dirige em parceria com Paulo Betti e Lauro Escorel e que compete na mostra de longas-metragens brasileiros do 45º Festival de Cinema de Gramado.

Replicando no filme o papel que dividira com Paulo na versão teatral do texto, o projeto de adaptação do roteiro para o cinema nasceu como um projeto colaborativo, onde Paulo Betti discutia o texto de Henry James com o público, em uma espécie de clube de reflexão que servia de laboratório para a construção da versão cinematográfica.

O mesmo espírito de compartilhamento se estendeu à direção, onde Eliane, Paulo e Lauro formaram um trio de pura sintonia. O resultado, segundo a atriz, é um filme que pouco se assemelha ao que o público está acostumado a ver.

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