Coluna Alexsander Siqueira: Ponto de vista “Por quê?”

Alexsander Siqueira COLUNISTAS DESTAQUE

Vivo em um mundo que me cobra “respeito” e quando desvio do que seria o correto, me faz pensar que sou uma vergonha! Normas de educação são “semeadas” o tempo todo, porque assim, serei “normal”! Tento ser o mais correto possível, porque assim serei bem-visto, bem-educado, bem-sucedido, bem-querido! A história é assim, ou andamos conforme as regras da sociedade ou seremos tratados com indiferença. Por um lado essa situação de comportamento é a melhor opção, uma vez que, saberemos que estamos andando nos “trilhos” da humanidade. Porém, sabemos que existe dentro de nós uma faísca que nos convida a ser “chama”, a ser emoção, a ser “nu”! Quando era criança, costumava ficar um bom tempo no mato, sozinho e cercado de natureza, ficava observando a forma das árvores, das pedras os sons que me envolviam, a única tecnologia que havia naquele lugar era a das formas da natureza, a casa dos meus pais fica em um bairro chamado “Espírito Santo”, e aos poucos fui entendendo o significado dessa palavra, não como localização de moradia, mas como localização de bem-estar, sentindo como se estivesse carregando a minha “luz interior”.

Vivemos procurando o sentido de tudo, onde estaria a resposta? Todos os dias vivemos situação diversas, e sempre procuramos encontrar respostas, seja simples ou não, temos que encontrar a “saída!”. Pensamos que o dia de amanhã ficará mais fácil, se respondermos as perguntas do dia de hoje e que estaremos “livres” para o novo amanhecer. Pensamos que se fizermos tudo certo em cada segundo que temos, poderemos “descansar” melhor! Parece uma missão fácil, a final, somos donos de nós mesmos. Nossas vontades, nossos passos e caminhos a seguir, são de inteira responsabilidade de nós mesmos. Ou não? Não é tão simples assim! Ou pra você é? Para mim não é, desde criança, por mais que me sentisse livre, chegava um momento que vinham as normas de “equilíbrio”, tipo: uma orientação, uma norma do correto e o que seria o certo, às vezes, o certo para nós nem sempre é o certo para a sociedade, por quê? Pois é, esse é o que temos que compreender e nem sempre conseguimos da melhor forma possível, as perguntas são tantas e os caminhos também, uma infinita possibilidade, e agora? Qual é o melhor caminho? Penso que a vida seja o melhor caminho, não há formula  mais coesa que a formula do dia a dia, as horas, os minutos e os segundos que levam o nosso tempo nesse mundo, seria a resposta.

Tenho uma tia que é uma pessoa “especial”, ela não nasceu “normal”, tem o seu jeito de ser diferente e sempre viveu e vive no mundo “dela”, hoje é uma idosa, o tempo passa, ela já aprendeu muita coisa convivendo com o que seria o correto, já “entende” que é “diferente”, das pessoas “normais”, ainda conserva seus sentimentos mais fortes, o de gostar de criança e sabe ser grata a quem lhe dá atenção! Talvez minha tia se pergunte o por que ela é assim? Às vezes tenho a impressão, que por mais que tentamos encontrar resposta para tudo, muitas das perguntas ficarão sem respostas, ficando cada um, apenas com um sentimento de  compreensão. Uma frase que a minha tia que é “especial”,  me fala de vez enquando, sem ao menos eu saber o por que, mas,  respeito e levo muito à sério, ela diz: “Amanhã é outro dia!”

*Alexsander Siqueira

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