BRASIL E CANADÁ EM PARCERIA NO 45º FESTIVAL DE CINEMA

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Canadá revitaliza parceria com o Brasil no 45º Festival de Cinema de Gramado

Uma parceria longeva, iniciada nos anos 80, responsável por qualificar o parque técnico e os profissionais brasileiros e que já gerou filmes de primeira linha como “Ensaio Sobre a Cegueira”, de Fernando Meirelles, será revitalizada a partir do Festival de Cinema de Gramado.

País homenageado da 45ª edição do evento, o Canadá desembarca na Serra Gaúcha com ânimo e bagagem para conquistar a simpatia dos produtores nacionais. “Esperamos que nossa presença em Gramado promova ainda mais vínculos entre os setores audiovisuais de nossos países”, observa o embaixador do Canadá no Brasil, Riccardo Savone.

A trajetória da cooperação entre os dois países remonta aos anos 80, quando um acordo entre a extinta Embrafilme e o National Film Board of Canada/L’Office national du film du Canada (NFB/ONF) deu origem ao Centro Técnico Audiovisual (CTAV) do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro estúdio de pós-produção no Brasil, e foi inteiramente financiado pelos governos de ambos os países.

Com a abertura do CTAV, teve início um programa de desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos em som e animação no Brasil, viabilizado através da importação de equipamentos e de engenheiros canadenses que instalaram a escola no local. Além de cursos de formação em solo brasileiro, o acordo possibilitou o intercâmbio de técnicos e cineastas brasileiros para o Canadá, que é uma referência no cinema de animação – os quatro criadores do Anima Mundi, por exemplo, estavam nessas turmas precursoras.

Anos mais tarde, em 1995, foi estabelecido o acordo de coprodução Brasil-Canadá, que está em vigor ainda hoje. Foi um dos primeiros acordos do gênero brasileiro, que, na época, só possuía cooperação formal com outros quatro países do mundo. Em meados dos anos 2000, os países fortaleceram ainda mais esse laços promovendo uma série de eventos da indústria audiovisual, que resultou em mais de US$ 50 milhões de coproduções em documentários, séries de animação e filmes de longa-metragem.

Além dessa expertise, o Canadá ostenta o posto de grande potência do audiovisual mundial: a proximidade com os Estados Unidos e as vantagens de sua moeda em relação ao dólar levaram os maiores estúdios de Holywood a abrirem filiais no país. Toronto, Vancouver e Montreal são ainda polo de desenvolvimento técnico de efeitos especiais e animação. Apenas em 2016, a indústria audiovisual gerou uma receita de 12 bilhões de dólares ao país.

“O Brasil também está fazendo história na indústria audiovisual e deixando sua marca, com um número crescente de produções em todo o país. Ao combinar forças, poderíamos fazer muito mais juntos”, assegura o embaixador, que estará na Serra Gaúcha para o evento.

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