ELOGIOS PARA OS DEBATES DOS FILMES  ESTRANGEIROS

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Diretores e produtores estrangeiros elogiam debates dos filmes

Os filmes estrangeiros presentes na mostra competitiva da quinquagésima edição do Festival de Gramado, tem gerado debates sobre temas interessantes nas manhãs seguintes à exibição.

Dorian Fernández, diretor peruano do filme “La Pampa”, afirma “estar em Gramado está sendo uma experiência maravilhosa em todos os níveis. É uma cidade muito hospitaleira e bonita. Estar neste grande festival é constituir algo que almejei há algum tempo”. Fernández afirma estar passando dias inesquecíveis no Festival, vendo e compartilhando alguns de seus trabalhos com colegas do Brasil e de outros países. Ele destaca o interesse genuíno pelo tema do filme no debate realizado no dia seguinte à exibição de “La Pampa” e considera um momento muito especial, essa troca gentil e interessante.

Já Nicolás Branca, diretor do filme uruguaio “9”, junto com Martín Barrenechea, considera Gramado um festival organizado com muito profissionalismo e generosidade. Desde a possibilidade oferecida pelo festival de interagir com diretores, atores, produtores e distribuidores em um ambiente bastante descontraído; como também, em instâncias um pouco mais formais como os próprios debates, onde é possível descobrir os temas sociais e emocionais que são imanentes aos filmes; as diferentes visões sobre a mesma obra ou o mesmo fenômeno. Sobretudo destaca o interesse genuíno que o cinema desperta nos jornalistas, no público, nos organizadores e nos criadores.

Sobre “9”, “sentimos que o filme foi muito bem recebido. O papel do futebol na sociedade é algo que todos os latino-americanos compartilham e, a cultura futebolística que nos une ao Brasil, fica evidente nos comentários que recebemos. Nesse sentido, alguns muito sinceros, que apreciam uma abordagem tão afetiva de um assunto que não se fala tanto: a desumanização do jogador de futebol e a problematização do conceito de sucesso”, finaliza o diretor, que concorre na categoria de longa-metragem estrangeiro no Festival.

Já o produtor Ignacio Perales e a atriz Ana José Aldrete, do filme mexicano “El Camino de Sol”, destacam a sensibilidade e a profundidade com que a crítica e o público abordaram o filme. O debate foi muito emotivo com a participação dos presentes, “agradecemos imensamente a curiosidade e a empatia pelo tema do filme”, disse Ana José. Ainda para a atriz, o debate com o público e jornalistas “foi muito emocionante, pois havia muitas mulheres que não necessariamente faziam parte da imprensa que simpatizavam com a luta de Sol. Falavam sobre o lugar da mulher na América Latina e, principalmente, o abandono social e estatal nas situações como um sequestro”.

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